A Omega Energia registrou um prejuízo líquido de R$ 84 milhões no primeiro trimestre de 2023, uma queda de 12% sobre a perda de quase R$ 96 milhões no primeiro trimestre de 2022. Segundo a companhia, o resultado é explicado por um aumento no resultado operacional de R$ 43 milhões, parcialmente compensado pelo aumento esperado de R$ 28 milhões no resultado financeiro, dado o plano de investimento em andamento, composto por Assuruá 4 (já operacional ), Assuruá 5 e Goodnight 1 (ambos com expectativa de entrada em operação até o final do ano).
Já o lucro bruto de energia ajustado atingiu R$ 408 milhões no 1T23, 17% acima do 1T22 e 17% abaixo do 4T22. O aumento anual é explicado principalmente pela adição de Assuruá 4 e Ventos da Bahia 3 ao portfólio operacional, totalizando 302 MW de capacidade instalada, que contribuíram com R$ 33 milhões e R$ 15 milhões ao resultado, respectivamente. Além disso, influenciaram os efeitos positivos de inflação nos PPAs do portfólio.
O ebitda ajustado da companhia totalizou R$ 285 milhões, ficando 25% acima do 1T22. De acordo com a Omega, o indicador robusto é resultado da combinação de um lucro bruto de energia acima do previsto, alinhado a custos e despesas abaixo do orçado.
Contudo, a dívida líquida ajustada atingiu R$ 8,25 bilhões, 6% acima do 4T22. A companhia afirmou que o aumento esperado da dívida líquida está alinhado ao seu plano de investimento em andamento e é explicado, principalmente, pelo quarto desembolso do BNB de Assuruá 4 (R$ 130 milhões), primeiro desembolso do empréstimo-ponte (Bridge Joan) de Goodnight 1 (R$ 120 milhões4 ) e pela redução no Caixa Ajustado (R$ 278 milhões).
Já a produção de energia atingiu 1.803,2 GWh no 1T23, 18% acima do 1T22 e 13% abaixo do 4T22. O aumento anual é principalmente explicado pela adição de Assuruá 4 e a adição de Ventos da Bahia 3 ao portfólio (aquisição concluída no fim de dezembro de 2022). Estes ativos adicionados ao portfólio operacional da companhia contribuíram com, respectivamente, 203,8 GWh e 86,5 GWh ao resultado, levando os volumes do complexo Bahia a um aumento de 79,0% ano contra ano.